segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

CONEXÃO DAS ONDAS DA VIDA DA SURFISTA PARANAENSE PATRÍCIA CABRINI


A paranaense Patrícia Cabrini nasceu em Curitiba onde morou até os vinte anos e o esporte sempre esteve presente em sua vida. Desde pequena praticava natação e logo começou a praticar o bodyboard já participando de campeonatos acompanhada de suas irmãs mais velhas.

Cabrini entrou para a faculdade de Educação Física para dar continuidade a seu estilo de vida e como toda surfista que morava longe da praia, esperava os finais de semana e feriados para descer ao litoral.

O surf feminino começou a aparecer no Paraná em 98 e a surfista começou a treinar o surf em pé com a prancha de seu namorado.

Foi campeã paranaense de bodyboard e naquela época os campeonatos de surf e bodyboard eram juntos e como uma atleta nata começou a se destacar por sua resistência física e largou o bodyboard pelo surf levando alguns títulos e entrando para a equipe da Federação Paranaense de Surf.

Ao se formar foi morar em Floripa, devido a qualidade das ondas.
Patrícia treinava pela manhã e a tarde dava aula em uma academia, aos poucos foi se afastando das competições pelo fato de se desapontar com as panelinhas nas baterias femininas.

Contudo Patrícia acreditava que em algum lugar do mundo existia uma onda perfeita sem ninguém, para poder surfar com os amigos...um surf totalmente de alma, espírito e aventura!

Depois de três anos morando em Floripa resolveu vender seu fusquinha e comprar uma passagem para o Hawaii junto com sua amiga Carol Oliva (fotógrafa curitibana). Encararam o desafio de chegar na América para dar duro, mas, com um grande sonho que era o de encontrar as melhores ondas do mundo, com apenas 23 anos.

“Cheguei no Hawaii e tudo foi acontecendo, passei por diversos perrengues, fora de casa, longe da família e sem apoio financeiro dei um jeito e me virei, sem frescura nenhuma e com experiências de sub-empregos que me faziam acreditar que tudo era possível.”





A surfista morou no North Shore, mas não contente com o crowd, as ondas pesadas, competições acirradas com homens e o verão flat, Patrícia só pensava em partir para Indonésia.

“Nessa aventura acabei conhecendo Alex meu atual "namorido" e juntos adicionamos nossas vontades e nossas forças em total parceria para realização do sonho de estar mais tempo na Indonésia. Trabalhamos muito no Hawaii para juntar os dólares e partir...tudo planejado, chegamos em Bali vivendo momentos incríveis! Muita curtição e astral, pois Bali é um lugar de muita espiritualidade... tudo a ver com o surf fora as ondas...Uluwatu, Padang Padang, Bingin...ondas mais extensas e perfeitas.”


Depois de vários meses em Bali o casal não se contentou, pois o sonho não era exatamente esse, mas de repente naquela pequena Ilha paradisíaca os dois conheceram Davi um cara muito especial que os levou pra Sumatra e propôs alguns trabalhos para o casal.

Segundo o casal, Sumatra é muito longe da civilização e tudo é muito complicado e seria um desafio conseguir montar uma estrutura lá. De Bali à Sumatra são 3 vôos, estradas, barco e mais dois dias.




Para eles a aventura só estava começando...
Ficaram meses na ilha de Asu(esquerda do sonho) vivendo dias maravilhosos.



Muitas vezes chegam barcos de Mentawaii  com surfistas que vão apenas para surfar e vão embora, e têm vezes que ficam apenas os dois no mar.


A comunicação com a  família é quase impossível.
Levo a cartinha na garrafa... diz Patrícia.

“As coisas sempre foram acontecendo a nosso favor e acabamos parando também em Nias (direita dos sonhos) e a onda é tão perfeita que agora é parada obrigatória viajar pela Sumatra, e para mim é viver o sonho de todo surfista...calor, ondas perfeitas, coqueiros por todo lado, água clara, é um paraíso!!! Falando assim até parece fácil, mas eu e Alex temos batalhado muito pra conseguir isso.”



Hoje com mais experiência e estrutura o casal gerencia um dos Surf Camp no norte de Sumatra, onde cuidam de tudo desde a alimentação que é natural e saudável até o local para estadia e o conhecimento dos picos de surf por toda a ilha.

O casal mora seis meses na Indonésia onde já construiram dois bangalôs e resto do ano vão para o Hawaii, conforme a temporada de ondas.


“Estar perto de quem você gosta e em um lugar dos sonhos, é mais do que um prêmio de vida! Toda essa aventura vem se repetindo por 7 anos, quando paro e penso... parece que estou sonhando...”


3 comentários:

  1. adorei toda esta narrativa!!!!!! parabens pra voces dois, mas não se esquecam nunca de nós que amamos muito voce e sentimos muita falta!!!! beijos com muito carinho therezinha

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  2. Paty, que maravilha!!!! Como diz a música: "...é preciso saber viver...".
    Desde pequena, menina inquieta e apaixonada por esportes. Sempre sorridente, sua marca registrada (nem vou falar das músicas desafinadas que cantávamos no violão, e depois viravam muitas gargalhadas....kkkk....).
    Estamos com saudades, mande notícias.
    Muita saúde, sucesso e ondas perfeitas!
    Abraços, do primo Cuca, Ana Sílvia, Raphael e Juliana (julioarantes@ig.com.br)

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  3. Olá Paty hahaha estava lembrando da formatura do Cuca em Curitiba (menos 3 graus e eu querendo arrancar a camisa hahaha) e eu bobão bebi whisky com os amigos dele e depois vc e o João ficou cuidando de mim hahaha muito bom a Tia sempre me conta as novidades da turma, eu mantenho contato com ela direto. PATY QUE DEUS TE ILUMINE CADA VEZ MAIS. Bjs e toda turma aqui eu, Paula e Diogo.

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